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março 2023 Conteúdo Técnico

Aumento da produção de lúpulo associado ao uso de Azospirilum brasilienses

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e EUA, entretanto, é praticamente dependente de outros países de uma das principais matérias primas, o lúpulo. 

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), mostram que em 2020, o Brasil importou 3.243 mil toneladas de lúpulo, o que equivale a US$ 57 milhões. O lúpulo (Humulus lupulus L.) é uma planta responsável por emitir inflorescências que contém uma substância importante (lupulina) a qual garante o aroma e sabor da cerveja. 

De acordo com o lugar em que foi plantado, pode ocorrer variação de notas de aroma para os diferentes tipos de cerveja que pode haver, tais como notas de amadeirado, cítrico, especiarias, floral, frutado, sulfuroso, herbal, resinoso, terroso e picante. Felizmente, as áreas de lavoura dessa cultura vem crescendo em território brasileiro, mas ainda o Brasil não está nem próximo de tornar-se autossuficiente.

Em 2020, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), a área plantada aumentou 110% comparado ao ano anterior, o que totalizou 42 hectares, sendo que Santa Catarina representou 27% dos produtores, Rio Grande do Sul (22%), São Paulo (18%), Paraná (7%), Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%). Com relação à área plantada a liderança é pertencente a SC também, com 12,105 hectares. 

Em resumo, hoje o Brasil está nas mãos de outros países para produzir cerveja, o que pode impactar significativamente no aspecto econômico e social. Diante disso, soluções devem ser aplicadas para que possa ser expandida a área das lavouras de lúpulo e potencializar a produtividade das que já existem.
 
Utilização de microrganismos

Por se tratar de uma cultura de porte grande, ciclo rápido e com alta necessidade produtiva, o lúpulo precisa de suporte produtivo que é extraído da fertilidade oferecida. Para que a produção seja melhor aproveitada, além dos fertilizantes disponibilizados na fertilização de base e os complementos ofertados via foliar, alguns microrganismos de solo também podem ser aliados, de forma que evitem doenças e solubilizem nutrientes adsorvidos nas partículas de solo possibilitando a assimilação pelas plantas.

Em algumas culturas, como a soja, trigo, arroz e milho o uso de microrganismos é mais habitual, e vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, em vista de que essas bactérias e fungos auxiliam no crescimento de raízes, resistência a períodos de estresse hídrico, fixação de nitrogênio e na solubilização de nutrientes do solo, por exemplo as bactérias do gênero Azospirillum, Pseudomonas e Rhizobium. 

Além de ser uma forma eficaz de potencializar a produtividade, são produtos livres de compostos químicos, garantindo a preservação do meio ambiente. Em função do lúpulo ser uma cultura relativamente nova em território brasileiro, ainda não existem muitos materiais científicos disponíveis para consulta, o que limita o incremento na produtividade das lavouras através de técnicas testadas em experimentos. No entanto, há estudos em andamento que estão apresentando resultados positivos com o uso de insumos biológicos na cultura. 

Tem-se como exemplo uma pesquisa da Embrapa que está sendo conduzida no Rio de Janeiro, em que as plantas de lúpulo estão sendo submetidas a aplicação de Azospirillum brasilienses - bactéria a qual promove o crescimento de raízes de gramíneas - que promoveu o incremento de 52% na produção de fitomassa aérea das plantas. Um dos objetivos com esse estudo é, se comprovada a eficiência, utilizar microrganismos para estimular a produção de mudas mais vigorosas, o que irá reduzir o tempo de viveiro e, consequentemente, interferir de modo positivo na produtividade e talvez até na qualidade sensorial do lúpulo.
 
Top Nitro Azo

Dado este cenário, o Top Nitro Azo, produto comercializado pela Biosul, pode ser uma alternativa para potencializar a produção das plantas de lúpulo, já que ele contém em sua formulação a bactéria Azospirilum brasiliense. Esse microrganismo estimula a produção de fitormônios que estimulam o crescimento das raízes e aumentam a absorção de água e nutrientes, podendo ser um aliado na cultura que está ganhando espaço no mercado brasileiro.


Autor: Guilherme Bortolotto da Silva

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