agosto 2025
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Adubação foliar, quando e porque fazer
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A busca por lavouras mais produtivas, saudáveis e resilientes exige o uso de tecnologias que otimizem a nutrição das plantas. Entre as diversas estratégias disponíveis, a adubação foliar tem ganhado destaque pela sua praticidade, eficiência e resultados rápidos, especialmente em situações onde o fornecimento via solo é limitado.
Mas afinal, o que é adubação foliar? Quando ela deve ser feita? E por que apostar nessa técnica pode ser um diferencial competitivo para o agricultor moderno? Neste artigo, você entenderá em profundidade como e por que aplicar nutrientes diretamente nas folhas pode transformar o desempenho da sua lavoura.
O que é adubação foliar?
A adubação foliar é a prática de aplicar fertilizantes diretamente sobre as folhas das plantas, utilizando pulverizadores. Por meio da cutícula e dos estômatos — estruturas microscópicas localizadas nas folhas — os nutrientes aplicados são absorvidos e transportados para os diferentes tecidos vegetais, onde desempenham suas funções fisiológicas.
Essa via de nutrição complementa a adubação tradicional via solo, atuando de forma localizada e muitas vezes emergencial. É especialmente indicada para suprir deficiências pontuais, em fases críticas do ciclo da planta, ou para corrigir desequilíbrios nutricionais que afetam a produtividade.
Por que realizar a adubação foliar?
A adubação foliar apresenta diversos benefícios agronômicos e operacionais. Veja a seguir os principais motivos que justificam seu uso nas mais variadas culturas:
1. Rápida absorção e resposta
Diferente da adubação via solo, cujos nutrientes precisam passar por processos físico-químicos e pela absorção radicular, a adubação foliar permite uma entrada quase imediata dos nutrientes na planta. Em algumas horas após a aplicação, já é possível observar reações fisiológicas, como melhoria na coloração e retomada do crescimento.
2. Correção de deficiências nutricionais
Em solos com baixa disponibilidade de determinados nutrientes — ou em condições climáticas que dificultam sua absorção pelas raízes — a via foliar se mostra uma alternativa estratégica. É ideal para micronutrientes como zinco, boro, manganês e ferro, cujas quantidades exigidas são pequenas, mas altamente impactantes.
3. Maior eficiência de uso
Em muitos casos, a adubação foliar permite uma utilização mais eficiente dos nutrientes, com menor risco de perdas por lixiviação ou fixação no solo. Isso é particularmente relevante em solos arenosos, muito ácidos ou com baixa capacidade de troca catiônica.
4. Apoio em fases críticas do ciclo
Certas fases do desenvolvimento vegetal exigem atenção redobrada com a nutrição, como floração, frutificação e enchimento de grãos. A adubação foliar permite suprir rapidamente as demandas fisiológicas nesses momentos, contribuindo para a formação de estruturas reprodutivas saudáveis e produtivas.
5. Complemento à adubação de base
Mesmo com um bom planejamento de adubação via solo, fatores ambientais, compactação, doenças radiculares ou pH desequilibrado podem limitar a absorção. A adubação foliar atua como seguro nutricional, garantindo o aporte necessário mesmo em condições adversas.
Quando realizar a adubação foliar?
Embora seja uma ferramenta muito versátil, a adubação foliar deve ser realizada com critério e conhecimento técnico. O momento ideal depende do objetivo da aplicação, da cultura e das condições ambientais.
A seguir, destacamos as situações mais indicadas:
a) Diagnóstico de deficiência nutricional
Quando a planta apresenta sintomas visuais de deficiência (clorose, manchas, deformações), a aplicação foliar é uma forma rápida e direcionada de restaurar o equilíbrio nutricional.
b) Estágios fenológicos importantes
Durante a emissão de flores, pegamento dos frutos, formação e enchimento de grãos, as exigências nutricionais aumentam. A via foliar ajuda a suprir essas demandas sem sobrecarregar o solo.
c) Estresse abiótico
Situações de seca, excesso de chuvas, calor intenso ou frio severo reduzem a atividade radicular. Nessas fases, a adubação foliar pode manter a planta ativa e produtiva.
d) Cultivos de ciclo curto
Em hortaliças, flores e outras culturas de crescimento acelerado, a adubação foliar permite respostas imediatas e melhora na qualidade final da produção.
Principais nutrientes utilizados na adubação foliar
A escolha dos nutrientes a serem aplicados depende da análise do solo, da fase da cultura e dos sintomas apresentados. Em geral, os fertilizantes foliares incluem:
Nitrogênio (N)
Favorece o crescimento vegetativo, a síntese de proteínas e a coloração verde das folhas. Deve ser usado com cautela para evitar excessos.
Fósforo (P)
Estimula a formação de raízes e flores, e participa do metabolismo energético. Útil em culturas com alta exigência ou solos de baixa disponibilidade.
Potássio (K)
Contribui para a formação de frutos, resistência a doenças e regulação do uso de água. É importante em fases reprodutivas.
Cálcio (Ca)
Fortalece paredes celulares, reduz incidência de doenças e é essencial para a qualidade dos frutos.
Magnésio (Mg)
Componente da clorofila, fundamental para a fotossíntese.
Micronutrientes (Zn, Mn, Fe, B, Cu, Mo)
São exigidos em pequenas quantidades, mas têm papel-chave na regulação de enzimas, formação de estruturas e resistência a estresses.
Fatores que afetam a eficiência da adubação foliar
Para que a aplicação foliar seja realmente eficiente, alguns cuidados devem ser tomados:
1. Horário da aplicação
O ideal é aplicar no início da manhã ou fim da tarde, evitando os horários mais quentes do dia. Temperaturas elevadas e sol intenso podem causar evaporação rápida e queimaduras nas folhas.
2. Condições do tempo
Evite aplicar em dias chuvosos ou com ventos fortes. O excesso de umidade pode lavar o produto antes da absorção, e o vento compromete a uniformidade.
3. pH da calda
A faixa ideal de pH varia de acordo com o nutriente e o produto, mas em geral, o pH ligeiramente ácido (entre 5,5 e 6,5) melhora a estabilidade da calda e a absorção.
4. Compatibilidade com defensivos
Ao aplicar fertilizantes foliares em mistura com defensivos agrícolas, é necessário verificar a compatibilidade química e física dos produtos. Incompatibilidades podem causar precipitação ou reduzir a eficiência dos ingredientes.
5. Volume de aplicação
A quantidade ideal de calda depende da cultura e do estágio de desenvolvimento. Pulverizações com volume adequado garantem melhor cobertura foliar e absorção.
A importância de um planejamento nutricional
A adubação foliar não deve ser encarada como uma solução de emergência, mas sim como parte integrante de um programa nutricional planejado. Aliada à análise de solo e análise foliar, permite um manejo preciso, evitando excessos e deficiências.
Além disso, a escolha de produtos de alta qualidade, como os fertilizantes da linha BioNutri da Biosul, garante máxima eficiência, segurança na aplicação e formulações específicas para diferentes culturas e momentos do ciclo.
Conclusão
A adubação foliar é uma aliada estratégica para quem busca produtividade com sustentabilidade. Ela oferece uma forma eficaz de complementar a nutrição das plantas, corrigir deficiências, melhorar a performance em fases críticas e aumentar a resiliência frente aos desafios climáticos.
Com o uso correto, orientação técnica especializada e produtos de qualidade, a adubação foliar pode representar o diferencial entre uma lavoura mediana e uma colheita de excelência.
Na Biosul Fertilizantes, oferecemos soluções nutricionais completas, com foco em eficiência, inovação e resultados comprovados no campo. Nossos fertilizantes via foliar foram desenvolvidos com tecnologia de ponta para proporcionar máxima absorção, segurança na aplicação e retorno agronômico superior.
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