Tadeu TakeyoshiInoue

Marcelo Augusto Batista

Doutores e professores da Universidade Estadual de Maringá

ttinoue@uem.br

Murilo Andrade Barbosa

Rodrigo Sakurada Lima

Evandro AntonioMinato

Mestrandos em Agronomia

Paulo Henrique Polizel Alexandre

Graduando em Agronomia

 

A cultura da soja é a principal commodity agrícola brasileira, contribuindo diretamente para a economia do País. A alta demanda pelo mercado, principalmente externo, exige uma produção em larga escala e de boa qualidade. Assim, produtividade, eficiência e lucratividade são critérios rigorosamente seguidos e, como aditivo, deve ser levado em conta também a produção sustentável.

Em meio aos vários fatores envolvidos na produção, os fertilizantes são um dos mais importantes, representando cerca de 20 a 30% do custo total na cultura da soja.

Atualmente, os materiais de soja cultivados apresentam um potencial produtivo máximo teórico de 10 toneladas de grãos por hectare, porém, as perdas na produção chegam a até 75%. Desses, 65% são atribuídos aos estresses ocasionados por fatores abióticos, como a temperatura, a disponibilidade de água e a fertilidade do solo, e os 10% remanescentes ocorrem em virtude dos fatores bióticos (insetos, doenças e plantas daninhas), que são mais facilmente controláveis.

Em sua adaptação para o habitat terrestre, as plantas desenvolveram folhas que são especializadas principalmente em transformar a energia radiante em química, que pode ser armazenada na forma de reservas (açúcares, lipídios e proteínas), principalmente nos órgãos reprodutivos, tais como os grãos de soja, milho e trigo.

Devido à sua anatomia e disposição na planta, as folhas também têm a capacidade de absorver substâncias líquidas que são aplicadas sob as mesmas. Esta capacidade de absorção constitui a base para a aplicação foliar de defensivos químicos (herbicidas, fungicidas e inseticidas) e nutrientes.

 

Sucesso

 

Para que a prática da adubação foliar tenha sucesso, o primeiro passo é fazer uma análise detalhada das necessidades da planta, tomando como base o solo, o tecido foliar e o estádio fenológico do vegetal, além da necessidade de conhecimento aprofundado na cultura em questão.

Desta forma, após o diagnóstico técnico para a tomada de decisão também é necessário o conhecimento dos objetivos a serem atendidos com o fornecimento dos nutrientes via foliar. Assim, o fornecimento dos nutrientes via foliar pode ser uma ferramenta de manejo da lavoura com três diferentes objetivos: prevenção, correção ou suplementação, nunca sendo realizado a fim de substituir a adubação via solo.

 

Correção nutricional

A adubação foliar corretiva consiste na aplicação de nutrientes após o aparecimento do sintoma. Por exemplo, o fornecimento de micronutrientes como Cu, Fe, Mn e Zn, quando as plantas apresentam-se cloróticas em função da reduzida disponibilidade destes micronutrientes do solo, ocasionado pela calagem superficial.

Esta forma de manejo nutricional normalmente apresenta bons resultados, diminuindo rapidamente o sintoma nos órgãos afetados, porém, há de se saber que, com a ocorrência do estresse, seguramente a produtividade já foi afetada, em maior ou menor grau e, desta forma, a aplicação corretiva também é conhecida como adubação de salvação.

Já a aplicação preventiva, como o próprio nome já remete, é uma forma de evitar que o sintoma seja expresso pela cultura, necessitando, para sua tomada de decisão de aplicar ou não e o que aplicar, um conhecimento prévio da área cultivada e os possíveis problemas que podem ocorrer nas plantas em virtude da baixa disponibilidade dos nutrientes no solo, elevada demanda pela planta e/ou prática que possa ocasionar reações fisiológicas negativas no metabolismo vegetal.

Um exemplo de aplicação preventiva é a recomendação da mistura de formulações contendo Mn com glifosato, e a aplicação de produtos contendo Ca e B no início do período reprodutivo, que podem proporcionar aumento no número de vagens, no peso de grãos e número de grãos por vagem.

Isso porque esses nutrientes estão envolvidos em diferentes funções nos tecidos vegetais ligados à formação de compostos presentes nas paredes celulares, germinação do grão de pólen, crescimento do tubo polínico e translocação de açúcares entre os órgãos fonte e dreno.

Dessa forma, entende-se que o suprimento de Ca e B pode diminuir o abortamento de flores, elevar a fertilização dos ovários e a distribuição de açúcares para a semente, refletindo no número de vagens por planta, número de grãos por vagem e peso de grãos.

 

Fonte: www.revistacampoeneocios.com.br

 

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fevereiro 2015 Geral

Aplicação foliar como ferramenta de manejo para a soja

Tadeu TakeyoshiInoue

Marcelo Augusto Batista

Doutores e professores da Universidade Estadual de Maringá

ttinoue@uem.br

Murilo Andrade Barbosa

Rodrigo Sakurada Lima

Evandro AntonioMinato

Mestrandos em Agronomia

Paulo Henrique Polizel Alexandre

Graduando em Agronomia

 

A cultura da soja é a principal commodity agrícola brasileira, contribuindo diretamente para a economia do País. A alta demanda pelo mercado, principalmente externo, exige uma produção em larga escala e de boa qualidade. Assim, produtividade, eficiência e lucratividade são critérios rigorosamente seguidos e, como aditivo, deve ser levado em conta também a produção sustentável.

Em meio aos vários fatores envolvidos na produção, os fertilizantes são um dos mais importantes, representando cerca de 20 a 30% do custo total na cultura da soja.

Atualmente, os materiais de soja cultivados apresentam um potencial produtivo máximo teórico de 10 toneladas de grãos por hectare, porém, as perdas na produção chegam a até 75%. Desses, 65% são atribuídos aos estresses ocasionados por fatores abióticos, como a temperatura, a disponibilidade de água e a fertilidade do solo, e os 10% remanescentes ocorrem em virtude dos fatores bióticos (insetos, doenças e plantas daninhas), que são mais facilmente controláveis.

Em sua adaptação para o habitat terrestre, as plantas desenvolveram folhas que são especializadas principalmente em transformar a energia radiante em química, que pode ser armazenada na forma de reservas (açúcares, lipídios e proteínas), principalmente nos órgãos reprodutivos, tais como os grãos de soja, milho e trigo.

Devido à sua anatomia e disposição na planta, as folhas também têm a capacidade de absorver substâncias líquidas que são aplicadas sob as mesmas. Esta capacidade de absorção constitui a base para a aplicação foliar de defensivos químicos (herbicidas, fungicidas e inseticidas) e nutrientes.

 

Sucesso

 

Para que a prática da adubação foliar tenha sucesso, o primeiro passo é fazer uma análise detalhada das necessidades da planta, tomando como base o solo, o tecido foliar e o estádio fenológico do vegetal, além da necessidade de conhecimento aprofundado na cultura em questão.

Desta forma, após o diagnóstico técnico para a tomada de decisão também é necessário o conhecimento dos objetivos a serem atendidos com o fornecimento dos nutrientes via foliar. Assim, o fornecimento dos nutrientes via foliar pode ser uma ferramenta de manejo da lavoura com três diferentes objetivos: prevenção, correção ou suplementação, nunca sendo realizado a fim de substituir a adubação via solo.

 

Correção nutricional

A adubação foliar corretiva consiste na aplicação de nutrientes após o aparecimento do sintoma. Por exemplo, o fornecimento de micronutrientes como Cu, Fe, Mn e Zn, quando as plantas apresentam-se cloróticas em função da reduzida disponibilidade destes micronutrientes do solo, ocasionado pela calagem superficial.

Esta forma de manejo nutricional normalmente apresenta bons resultados, diminuindo rapidamente o sintoma nos órgãos afetados, porém, há de se saber que, com a ocorrência do estresse, seguramente a produtividade já foi afetada, em maior ou menor grau e, desta forma, a aplicação corretiva também é conhecida como adubação de salvação.

Já a aplicação preventiva, como o próprio nome já remete, é uma forma de evitar que o sintoma seja expresso pela cultura, necessitando, para sua tomada de decisão de aplicar ou não e o que aplicar, um conhecimento prévio da área cultivada e os possíveis problemas que podem ocorrer nas plantas em virtude da baixa disponibilidade dos nutrientes no solo, elevada demanda pela planta e/ou prática que possa ocasionar reações fisiológicas negativas no metabolismo vegetal.

Um exemplo de aplicação preventiva é a recomendação da mistura de formulações contendo Mn com glifosato, e a aplicação de produtos contendo Ca e B no início do período reprodutivo, que podem proporcionar aumento no número de vagens, no peso de grãos e número de grãos por vagem.

Isso porque esses nutrientes estão envolvidos em diferentes funções nos tecidos vegetais ligados à formação de compostos presentes nas paredes celulares, germinação do grão de pólen, crescimento do tubo polínico e translocação de açúcares entre os órgãos fonte e dreno.

Dessa forma, entende-se que o suprimento de Ca e B pode diminuir o abortamento de flores, elevar a fertilização dos ovários e a distribuição de açúcares para a semente, refletindo no número de vagens por planta, número de grãos por vagem e peso de grãos.

 

Fonte: www.revistacampoeneocios.com.br

 

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